quarta-feira, 22 de junho de 2011

Memórias da casa

 Quarto de cortinas leves e claras protegem sem muito esforço teu sono de anjo. Deixo à soleira da porta um pequeno bilhete e enfeito seu dia com beijos doces e carinhosos.
Um sorriso próprio de menina envergonhada junto das palavras exatas do que está pra se tornar mulher. 
Cheiro de café, pão quente pra saciar tua fome.
Dia claro de luz contida pelas janelas fechadas.
Carinhos e amores expostos pelos seres nem tanto esquecidos
daquilo que são.
Relógio deixado por cima das estantes,
vidas fora de casa esquecidas por ambas as partes,
corpos entregues aos amores antes contidos. 
Mãos unidas, porém separadas por pensamentos e causas.
Fases de uma vida sentida a dois.
Uma vida que nunca houve na verdade,
mas de tão desejada,
vai e volta nos quartos da memória.


                                                                                     20/06/11

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