domingo, 9 de junho de 2013




Amo-te loucamente como o mar que se agita ao ver a lua cheia
 e brilhante surgir branco-azulada no céu escuro.
Amo-te com as forças de um recém-casado ao olhar a esposa enquanto ela dorme.
Amo-te com a simplicidade daquela que dá a
flor e com o sorriso constrangido de quem recebe.
Amo real e verdadeiramente com o êxtase de um
momento único entre duas almas que se encontraram de tão perdidas que estava em meio a multidão de vozes que o mundo me obriga a ouvir todas as horas de todos os dias.
Não te amo como o bêbado ama uma mulher que conheceu anos atrás e que até hoje bebe por não mais esquecê-la, mas amo na sobriedade que ele tem ao sentir a dor que o leva a beber como quem quer afogar suas dores no desordenado pensamento.
Tenho-te como um diamante límpido, translúcido e duro,
mas simples em sua beleza e que traz mais encantamento no próprio nome
que na própria forma.
Torno-me noite pra participar dos teus dias e
aquele sol que só quer aparecer na medida certa
para esquentar seu corpo nas manhãs frias de outono.
Quisera eu, ser esse amor que te encantaria e traria a mim
como uma mulher não apaixonada,
mas própria da razão daqueles que amam sem motivo algum.

09/06/13