Amo-te
loucamente como o mar que se agita ao ver a lua cheia
e brilhante surgir branco-azulada no céu
escuro.
Amo-te
com as forças de um recém-casado ao olhar a esposa enquanto ela dorme.
Amo-te
com a simplicidade daquela que dá a
flor e
com o sorriso constrangido de quem recebe.
Amo real
e verdadeiramente com o êxtase de um
momento
único entre duas almas que se encontraram de tão perdidas que estava em meio a
multidão de vozes que o mundo me obriga a ouvir todas as horas de todos os
dias.
Não te
amo como o bêbado ama uma mulher que conheceu anos atrás e que até hoje bebe
por não mais esquecê-la, mas amo na sobriedade que ele tem ao sentir a dor que
o leva a beber como quem quer afogar suas dores no desordenado pensamento.
Tenho-te
como um diamante límpido, translúcido e duro,
mas
simples em sua beleza e que traz mais encantamento no próprio nome
que na
própria forma.
Torno-me
noite pra participar dos teus dias e
aquele
sol que só quer aparecer na medida certa
para
esquentar seu corpo nas manhãs frias de outono.
Quisera
eu, ser esse amor que te encantaria e traria a mim
como uma
mulher não apaixonada,
mas própria
da razão daqueles que amam sem motivo algum.
09/06/13