quinta-feira, 27 de setembro de 2012



Um coração da cor de cinzas



Um amor com a cor da dor
se a cor da dor é cinza,
o céu está cinza e tudo é chuvoso.
Se é cinza não há inspiração o
papel envelhece e se torna cinzas.
O sol era quente como o amor,
mas ele passou e tudo queimou
e tornou cinzas.
Tudo acabou,
nada restou só um coração cinza
que não é da cor do amor,
porque tudo lhe foi tirado daquele sentido,
então é cinza,
e às cinzas retornará.

26/09/12

segunda-feira, 24 de setembro de 2012


De uma cruz, três pregos e uma coroa de
espinhos despontou a salvação.
De um homem de luz, de perdão e de amor.
Homem de carne e na carne flagelado,
Ele foi o flagelo.
Amor por escolha, amor por doação,
amor que nada de retorno espera.
Amor que espera e que sabe de todas as coisas
e de todos os tempos.
Amor humano, mas divino.
Que provou da dor por amor.
Que foi, é e sempre será cruz.
                                                        E da cruz a vida, o homem e a salvação.


23/09/12


E em todas as sortes do mundo, 
tive a sorte de conhecê-Lo.
Tive a sorte de ouvi-Lo, 
dormir em Seu colo.
Dentre todos os amores sentidos, 
tive a graça de sentir o Dele.
Dentre todas as provações tive a visão de uma cruz.
De todos os pés, 
os meus foram escolhidos para segui-lo.
De todas as direções conheci o norte. 
De todas as palavras, 
recebi as mais significativas e silenciosas.
De todos os corpos, deu-se o cordeiro.
De todas as mãos, 
Ele quis precisar das minhas para servi-lo.
E enfim, de todos os pedidos, 
Ele quis, simplesmente, ser Deus.

13/09/12

sábado, 15 de setembro de 2012


Um abraço de um anjo
Um beijo mais que amigo
O olhar que não me vê simplesmente, mas que me lê em essência.
Um carinho simples e belo.
Um beijo que parece mais com um doce de sabor apuradíssimo que derrete na boca junto com a saliva e que dá sabor pra todos os dissabores.
Um colo que aperta contra o peito e protege.
Um cuidado constrangedor, uma palavra que parece que sabe de tudo que se passa.
Os pensamentos transbordantes, assim como as emoções.
Um silêncio que fala tudo de um olhar traduzido no aproximar de mãos.
Os gestos que demonstram mais que qualquer palavra a importância que se tem pela delicadeza, pelo toque, pelo importar-se.
Tudo o que se vive, se diz, as respirações, os sorrisos, os papos-cabeça no banheiro, os relógios...
É bom, é gostoso, é vontade, é desejo, é simplicidade, é vida, é cuidado, é compreensão,
é verdade, é silêncio, é respeito, é entendimento, é amor...

15/09/12

quarta-feira, 12 de setembro de 2012




Não sou ninguém,
eu não sou nada,
mas sou alguém,
alguém de casa.
De carne e osso.
De sentimento, de olho vivo, de mente ativa.
Alguém que em nada se importa de não ser 


alguém de e não ser ninguém. 
Sou um espelho pra tudo.
Sou um rio raso e muito profundo,
sou uma metáfora incompleta, 
um inconstante estável. 
Um simples e descomplicado alguém que pode ser tudo...
sendo nada. 
Sou eu, alguém que pouco acha de tudo que vê, 
mas que tem muitas opiniões acerca de quase tudo. 
Alguém que não quer muito, 
mas que pelo pouco faz o que for preciso.
 Alguém que quer, que ama, 
que vive, que olha 
e se solta e se aventura num texto sem fim 
que enrola pra desenrolar e muito diz, 
mas pouco fala. 
Eu sou ninguém,eu sou alguém, 
eu sou um tudo,eu sou um nada, 
alguém que fala,se cala e ponto final.