domingo, 7 de abril de 2013




A saudade mata, escorre pelo olhos.
Faz aflorar essências encobertas. 
Ela mostra o que há de bom e ruim. 
Pode ser liberdade que prende em um mundo onde 
há tudo exceto aquilo que você mais busca.
Será um cheiro? Um abraço? Uma voz? Será um não, um sim um colo?
Uma mãe, um pai, um namorado, um amigo, alguém mais especial?
Esse alguém é vivo mesmo quando falta, 
esse cheiro faz sonhar mesmo que distante. 
A voz e o colo, então, esses fazem você se sentir o alguém mais bem cuidado e protegido que pode existir... 
A saudade traz lembranças, nós na garganta, vazio no espaço, no peito.
Falta o ambiente, falta o que era presente, falta a companhia.
Falta o por que cuidar, o por que falar.
Saudade é dor que nunca preenche, 
nunca esvazia nunca esquece ou apaga da memória. 
Saudade é seca, é triste, é cinza. 
Saudade falha os gestos, cala vozes, 
guarda abraços, esconde mãos. Desconserta.
Saudade é um barco solto no meio do mundo. 
Ela leva, guarda só pra ela, 
aperta o peito e se guarda em silêncio..
Saudade é simples, é flor com espinhos...
Saudade é uma lembrança vivida todos os dias.


                                                                                         07/04/13