terça-feira, 9 de outubro de 2012








Meu sonho era poder escrever com a mesma profundidade que uma alma
artista escreve, poder me perder em palavras sozinhas e agrupadas em ideias e ideais.
Meu sonho essa sensibilidade inegável dos escritores de corpo, 
que movimentam poesia como movem sua mão e conduzem o lápis ao ápice de sua existência: 
A CRIAÇÃO! 
Meu sonho esses olhos marcados por traços de uma dor e um ardor que só se traduz 
em palavras e que nada mais pode não ser, senão texto em rima e prosa.
Meu sonho enfim, é ser aquela escritora que, mesmo não tendo quem a 
leia do mesmo modo que escreve, seja assim: simples, bela, delicada... 
Uma escritora de alma.





08/10/12



domingo, 7 de outubro de 2012



Dificuldades todos os dias nos assolam e nos trazem a ilusória certeza
de que Deus realmente só pode ter esquecido de nós.
Nossa essência não é a mesma, nossa paciência já se foi,
 nosso sorriso nos pergunta onde foi parar o louvor e a alegria,
 nossas atitudes nos questionam o que é ser, hoje, vocação Recado.
Diante de todos os empecilhos, os pés se confundem,
as línguas se enroscam ao falar,
os serviços enfraquecem,
as vozes não cantam as artes murcham.
Onde está a força?
Onde era mesmo que deveríamos estar?
Como mesmo podemos proceder?
Como mesmo devemos agir?
Qual a pergunta é hoje realidade?
Qual o porquê hoje faz parte de você?
Qual o motivo?
Deus vê causas, responde porquês, desenha caminhos,
reconstrói vocações, sustenta, faz alianças e alicerces.
Deus vê olhos, molda artistas, lapida pessoas.
Liberta-nos de dúvidas e nos guia nas ações.
Onde mesmo devemos estar..? 



terça-feira, 2 de outubro de 2012




Veio aos poucos como quem não queria nada, olhar pequeno, parecia indefesa.
Tocou a todos com mãos infantis, deitou-se e pareceu não ver nada além do chão e os brinquedinhos.
Ergue-se nos joelhos a pequenina mulher, engatinhou em espaços de experiência.
Sinalizou para todos aquilo que desejara.
Amou puramente .
Andou com passos mais seguros, encaminhou os olhos, agora firmes, à aurora dos seus dias. 
Amou puramente.
Falou palavras certas, estava agora sobre suas próprias pernas, 
olhava, então, o horizonte belo e hipnotizante.
Amava puramente.
Hoje, mulher, tem cabelos longos, sorrisos espontâneos e constantes.
Olhos misteriosos, mas amistosos, belos e negros.
É firme em seus passos, agora, adultos. 
Tem a voz aveludada e calma e madura.
Uma mulher se tornou, conheceu novos dias, enxergou as auroras, mergulhou em primaveras.
Ama puramente.

02/10/12