quinta-feira, 14 de novembro de 2013




É dever do amor segurar as mãos,
Distrair os pensamentos,
Arrancar sorrisos e derramar as lágrimas.
Amar dói, mas a dor é tão gratificante que um
pequeno gesto de felicidade é o suficiente pra que seja esquecida.
Amor é música, detalhe, olho e entendimento.
Amor é corda com apenas um nó feito a quatro mãos.
Amor é aliança, enlace, laço.
Amor pode ser fogo que arde,
mas é transmitido na calma de um momento de silêncio.
Minhas lágrimas se fundiram às suas enquanto sorrimos dançando na sala.
Somos uma só, buscamos uma só história.
Nosso amor não é mais a brincadeira de uma ligação
num momento de vontade,
mas insistência do cuidado no momento que tudo falta
e a dor dos espinhos dentre as belas rosas que lhe dei outro dia.
Os acordes de nós se confundiram na letra da canção
que conta a história da Esperança.
Somos mais que belos olhos fixos.
Somos um!


PALOMA MARQUES

domingo, 9 de junho de 2013




Amo-te loucamente como o mar que se agita ao ver a lua cheia
 e brilhante surgir branco-azulada no céu escuro.
Amo-te com as forças de um recém-casado ao olhar a esposa enquanto ela dorme.
Amo-te com a simplicidade daquela que dá a
flor e com o sorriso constrangido de quem recebe.
Amo real e verdadeiramente com o êxtase de um
momento único entre duas almas que se encontraram de tão perdidas que estava em meio a multidão de vozes que o mundo me obriga a ouvir todas as horas de todos os dias.
Não te amo como o bêbado ama uma mulher que conheceu anos atrás e que até hoje bebe por não mais esquecê-la, mas amo na sobriedade que ele tem ao sentir a dor que o leva a beber como quem quer afogar suas dores no desordenado pensamento.
Tenho-te como um diamante límpido, translúcido e duro,
mas simples em sua beleza e que traz mais encantamento no próprio nome
que na própria forma.
Torno-me noite pra participar dos teus dias e
aquele sol que só quer aparecer na medida certa
para esquentar seu corpo nas manhãs frias de outono.
Quisera eu, ser esse amor que te encantaria e traria a mim
como uma mulher não apaixonada,
mas própria da razão daqueles que amam sem motivo algum.

09/06/13

segunda-feira, 13 de maio de 2013





Se havia um vaso para quebrar, o nosso quebrou.
Jogou-se no chão a areia junto com as flores. 
Os rastros dos seus pés ficaram nessas partículas finas de adeus. 
Você se foi com passos incertos e nos deixou escorrer para onde não sabíamos.
O vento espalhou nossa vida e deixou cada grão dessa areia fina em um rio fundo, 
num vaso alheio, 
num corte profundo ou dentro de nossos olhos fundidos 
à essência de nossos desejos secretos.
Daquele dia em diante não fomos mais as mesmas.
Nem sabemos ao certo o que somos. 
Só sabemos que não somos mais.
Onde foi parar aquela areia?
Onde está a nossa vida? 
O que restou de nós quando o vento passou e dispersou tudo o que nos pertencia? 
Não é visto o que se foi.
Lembranças de um passado que sumiu com o vendaval e deixou um espaço vazio,
mas sujo com o que restou de saudade e memória daquilo que somos. 
Novos vasos tomaram o espaço e o nosso foi varrido para debaixo do tapete. 
Escondido. 
Como algo que não pode ser visto.
Como quem não deve ser descoberto pra que seus cacos não se espalhem novamente.
As visitas passam, pisam em nós. 
Somos nada. 
Somos pó. 
Moramos no nada. 
Num espaço apertado, escuro, encoberto, desprovido de nós.

12/05/13

domingo, 7 de abril de 2013




A saudade mata, escorre pelo olhos.
Faz aflorar essências encobertas. 
Ela mostra o que há de bom e ruim. 
Pode ser liberdade que prende em um mundo onde 
há tudo exceto aquilo que você mais busca.
Será um cheiro? Um abraço? Uma voz? Será um não, um sim um colo?
Uma mãe, um pai, um namorado, um amigo, alguém mais especial?
Esse alguém é vivo mesmo quando falta, 
esse cheiro faz sonhar mesmo que distante. 
A voz e o colo, então, esses fazem você se sentir o alguém mais bem cuidado e protegido que pode existir... 
A saudade traz lembranças, nós na garganta, vazio no espaço, no peito.
Falta o ambiente, falta o que era presente, falta a companhia.
Falta o por que cuidar, o por que falar.
Saudade é dor que nunca preenche, 
nunca esvazia nunca esquece ou apaga da memória. 
Saudade é seca, é triste, é cinza. 
Saudade falha os gestos, cala vozes, 
guarda abraços, esconde mãos. Desconserta.
Saudade é um barco solto no meio do mundo. 
Ela leva, guarda só pra ela, 
aperta o peito e se guarda em silêncio..
Saudade é simples, é flor com espinhos...
Saudade é uma lembrança vivida todos os dias.


                                                                                         07/04/13


quinta-feira, 21 de março de 2013






                                       Poema a quatro mãos


[...]
Já fechei os olhos umas três vezes pra ver se como mágica você poderia aparecer...
Sem poder, desejei você por perto...
Já fechei os olhos umas três vezes para tentar ouvir
sua voz cantando canções de intimidade para me adormecer...
Sem poder, desejei lhe ouvir aqui perto.
Outras três fechei meus olhos pra tentar sentir seu cheiro...
Quase consegui, mas os espaços dos tijolos que nos
dividem interromperam o que seria sonho.
Sem poder, desejei as sensações da sua presença aqui por perto.
Despi meus olhos, restou o som da sua falta, a música conhecida e seus olhos infusos à imaginação.


21/03/2013

"Minha mais clichê canção de amor."