sábado, 29 de dezembro de 2012


Feliz ano novo!!!





E tudo então se iniciava.
Tudo era começo, tudo era “novo” e todo mundo ria.
O tempo foi passando, os dias se normalizando
e todos se esqueciam de quem, ainda novo, corria rápido.
A surpresa de todas as horas, os relógios, sempre muitos velozes,
nos lembravam das várias obrigações.
Esquecíamos, aos poucos, dos sentimentos do início.
Os dias que começavam sempre cedo.
Os trabalhos que exigiam sempre mais.
As famílias, quase sempre, só vistas aos sábados e domingos.
Os sóis só lembrados aos fins de semana 
ou quando se iam ao fim do dia.
Os meses se passaram, alguns sonhos 
e metas se realizavam aos poucos.
Olhos se uniam, se separavam, se apagavam, brilhavam. Brilham.
Um novo fim chegou, um novo começo também chega com esse fim.
E então, lembramos dos começos passados,
percebemos o que mudou, nos orgulhamos,
ou não, do que fizemos.
Passamos os dias percebidos, ou despercebidos.
Passamos as horas fazendo tanto que não vimos as horas passando.
Façamos do ano que chega não só metas,
e desse começo, que é só projeto, o início de toda tarefa realizada.
NADA SE FAZ SE POR UM BOM PROJETO NÃO FOR ENCAMINHADO.
Que o champanhe e as uvas sejam os primeiros doces 
desse ano que vai nascer,
que os sorrisos e desejos sejam os primeiros de todos os dias
e que não seja necessário sofrer pra lembrar-se dos amigos e de como sorrir e ser feliz é bom!!
Que esse começo ultrapasse o 1º de janeiro.
Feliz 2013!!!

 29/12/12

domingo, 11 de novembro de 2012


Talvez amanhã o sol brilhe de verdade...
Talvez amanhã tudo seja chuva.
Talvez amanhã deixemos o relógio...
Talvez amanhã tenhamos muito a fazer e tempo curto.
Talvez amanhã nada seja o que eu quero.
Talvez amanhã eu seja um sonho que tenho hoje.
Talvez amanhã não seja amado como hoje.
Talvez amanhã eu seja mais amado que ontem.
Talvez hoje eu não olhe o horizonte, 
talvez não veja as estrelas vivas e ofuscantes.
Talvez hoje eu não tenha vontade e só queira dormir 
sozinha e talvez amanhã eu queira tudo, 
inclusive uma vida pra dividir.
Talvez hoje não seja nada, mas a manhã pode ser tudo pra mim.
Talvez amanhã eu olhe pra traz...
Talvez amanhã eu chore ao lembrar...
Talvez amanhã eu seja feliz, 
pois foi hoje que fez do meu amanhã o sonho que eu quis.

10/11/12

terça-feira, 9 de outubro de 2012








Meu sonho era poder escrever com a mesma profundidade que uma alma
artista escreve, poder me perder em palavras sozinhas e agrupadas em ideias e ideais.
Meu sonho essa sensibilidade inegável dos escritores de corpo, 
que movimentam poesia como movem sua mão e conduzem o lápis ao ápice de sua existência: 
A CRIAÇÃO! 
Meu sonho esses olhos marcados por traços de uma dor e um ardor que só se traduz 
em palavras e que nada mais pode não ser, senão texto em rima e prosa.
Meu sonho enfim, é ser aquela escritora que, mesmo não tendo quem a 
leia do mesmo modo que escreve, seja assim: simples, bela, delicada... 
Uma escritora de alma.





08/10/12



domingo, 7 de outubro de 2012



Dificuldades todos os dias nos assolam e nos trazem a ilusória certeza
de que Deus realmente só pode ter esquecido de nós.
Nossa essência não é a mesma, nossa paciência já se foi,
 nosso sorriso nos pergunta onde foi parar o louvor e a alegria,
 nossas atitudes nos questionam o que é ser, hoje, vocação Recado.
Diante de todos os empecilhos, os pés se confundem,
as línguas se enroscam ao falar,
os serviços enfraquecem,
as vozes não cantam as artes murcham.
Onde está a força?
Onde era mesmo que deveríamos estar?
Como mesmo podemos proceder?
Como mesmo devemos agir?
Qual a pergunta é hoje realidade?
Qual o porquê hoje faz parte de você?
Qual o motivo?
Deus vê causas, responde porquês, desenha caminhos,
reconstrói vocações, sustenta, faz alianças e alicerces.
Deus vê olhos, molda artistas, lapida pessoas.
Liberta-nos de dúvidas e nos guia nas ações.
Onde mesmo devemos estar..? 



terça-feira, 2 de outubro de 2012




Veio aos poucos como quem não queria nada, olhar pequeno, parecia indefesa.
Tocou a todos com mãos infantis, deitou-se e pareceu não ver nada além do chão e os brinquedinhos.
Ergue-se nos joelhos a pequenina mulher, engatinhou em espaços de experiência.
Sinalizou para todos aquilo que desejara.
Amou puramente .
Andou com passos mais seguros, encaminhou os olhos, agora firmes, à aurora dos seus dias. 
Amou puramente.
Falou palavras certas, estava agora sobre suas próprias pernas, 
olhava, então, o horizonte belo e hipnotizante.
Amava puramente.
Hoje, mulher, tem cabelos longos, sorrisos espontâneos e constantes.
Olhos misteriosos, mas amistosos, belos e negros.
É firme em seus passos, agora, adultos. 
Tem a voz aveludada e calma e madura.
Uma mulher se tornou, conheceu novos dias, enxergou as auroras, mergulhou em primaveras.
Ama puramente.

02/10/12

quinta-feira, 27 de setembro de 2012



Um coração da cor de cinzas



Um amor com a cor da dor
se a cor da dor é cinza,
o céu está cinza e tudo é chuvoso.
Se é cinza não há inspiração o
papel envelhece e se torna cinzas.
O sol era quente como o amor,
mas ele passou e tudo queimou
e tornou cinzas.
Tudo acabou,
nada restou só um coração cinza
que não é da cor do amor,
porque tudo lhe foi tirado daquele sentido,
então é cinza,
e às cinzas retornará.

26/09/12

segunda-feira, 24 de setembro de 2012


De uma cruz, três pregos e uma coroa de
espinhos despontou a salvação.
De um homem de luz, de perdão e de amor.
Homem de carne e na carne flagelado,
Ele foi o flagelo.
Amor por escolha, amor por doação,
amor que nada de retorno espera.
Amor que espera e que sabe de todas as coisas
e de todos os tempos.
Amor humano, mas divino.
Que provou da dor por amor.
Que foi, é e sempre será cruz.
                                                        E da cruz a vida, o homem e a salvação.


23/09/12


E em todas as sortes do mundo, 
tive a sorte de conhecê-Lo.
Tive a sorte de ouvi-Lo, 
dormir em Seu colo.
Dentre todos os amores sentidos, 
tive a graça de sentir o Dele.
Dentre todas as provações tive a visão de uma cruz.
De todos os pés, 
os meus foram escolhidos para segui-lo.
De todas as direções conheci o norte. 
De todas as palavras, 
recebi as mais significativas e silenciosas.
De todos os corpos, deu-se o cordeiro.
De todas as mãos, 
Ele quis precisar das minhas para servi-lo.
E enfim, de todos os pedidos, 
Ele quis, simplesmente, ser Deus.

13/09/12

sábado, 15 de setembro de 2012


Um abraço de um anjo
Um beijo mais que amigo
O olhar que não me vê simplesmente, mas que me lê em essência.
Um carinho simples e belo.
Um beijo que parece mais com um doce de sabor apuradíssimo que derrete na boca junto com a saliva e que dá sabor pra todos os dissabores.
Um colo que aperta contra o peito e protege.
Um cuidado constrangedor, uma palavra que parece que sabe de tudo que se passa.
Os pensamentos transbordantes, assim como as emoções.
Um silêncio que fala tudo de um olhar traduzido no aproximar de mãos.
Os gestos que demonstram mais que qualquer palavra a importância que se tem pela delicadeza, pelo toque, pelo importar-se.
Tudo o que se vive, se diz, as respirações, os sorrisos, os papos-cabeça no banheiro, os relógios...
É bom, é gostoso, é vontade, é desejo, é simplicidade, é vida, é cuidado, é compreensão,
é verdade, é silêncio, é respeito, é entendimento, é amor...

15/09/12

quarta-feira, 12 de setembro de 2012




Não sou ninguém,
eu não sou nada,
mas sou alguém,
alguém de casa.
De carne e osso.
De sentimento, de olho vivo, de mente ativa.
Alguém que em nada se importa de não ser 


alguém de e não ser ninguém. 
Sou um espelho pra tudo.
Sou um rio raso e muito profundo,
sou uma metáfora incompleta, 
um inconstante estável. 
Um simples e descomplicado alguém que pode ser tudo...
sendo nada. 
Sou eu, alguém que pouco acha de tudo que vê, 
mas que tem muitas opiniões acerca de quase tudo. 
Alguém que não quer muito, 
mas que pelo pouco faz o que for preciso.
 Alguém que quer, que ama, 
que vive, que olha 
e se solta e se aventura num texto sem fim 
que enrola pra desenrolar e muito diz, 
mas pouco fala. 
Eu sou ninguém,eu sou alguém, 
eu sou um tudo,eu sou um nada, 
alguém que fala,se cala e ponto final.



domingo, 5 de agosto de 2012




Levei pro mar todos os meus sonhos,
meus desejos,
minhas dúvidas e minhas memórias.
Dei-os a ele de presente.
Como se aquelas coisas todas fossem sementes.
Eu os joguei, os vi submergir e fui embora.
Senti-me, por muito tempo, vazia de memórias,
sem objetivos (até que os novos aparecessem) e,
contraditoriamente, sem angústia alguma por não tê-los.
Anos depois, voltei àquela mesma paisagem de outrora, àquele mesmo lugar.
Desta vez eram novos os amigos,
as roupas haviam mudado,
os sonhos estavam renovados e nem mesmo os pensamentos 
eram mais os mesmo.
Mas o mar...
Ah, o mar...
Este sim não parecia ter mudado nada,
pude ver o dia em que embalsamei tudo o que tinha lá.
E o mar então se tornou meus sonhos,
meus desejos, meus dias.
Unimo-nos enfim... Fim.  

05/08/12 

terça-feira, 10 de julho de 2012

Sal...


A falta mostra que nada além de um oceano pode nos separar,
mas mesmo assim, se permanece perto, por que você está longe,
mas eu estou aqui e você está sempre em mim...
Você está comigo.
A saudade é o choro da mãe que arruma o quarto de um filho que não voltará,
é lembrar-se do cabelo ao olhar o trigo,
é pensar em muitas cores e enxergar um sorriso lindo.
É lembrar-te, Olívia, pelas páginas de um belo livro.
A saudade é a expressão maior da falta do outro.
É a solidão compartilhada.
Saudade é importar-se, é cuidado. 
Saudade é ouvir música... é ouvir a nossa música.
Saudade...
Saudade...
Saudade...
Sal da idade...

10/07/12