quarta-feira, 12 de setembro de 2012




Não sou ninguém,
eu não sou nada,
mas sou alguém,
alguém de casa.
De carne e osso.
De sentimento, de olho vivo, de mente ativa.
Alguém que em nada se importa de não ser 


alguém de e não ser ninguém. 
Sou um espelho pra tudo.
Sou um rio raso e muito profundo,
sou uma metáfora incompleta, 
um inconstante estável. 
Um simples e descomplicado alguém que pode ser tudo...
sendo nada. 
Sou eu, alguém que pouco acha de tudo que vê, 
mas que tem muitas opiniões acerca de quase tudo. 
Alguém que não quer muito, 
mas que pelo pouco faz o que for preciso.
 Alguém que quer, que ama, 
que vive, que olha 
e se solta e se aventura num texto sem fim 
que enrola pra desenrolar e muito diz, 
mas pouco fala. 
Eu sou ninguém,eu sou alguém, 
eu sou um tudo,eu sou um nada, 
alguém que fala,se cala e ponto final.



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