terça-feira, 2 de outubro de 2012




Veio aos poucos como quem não queria nada, olhar pequeno, parecia indefesa.
Tocou a todos com mãos infantis, deitou-se e pareceu não ver nada além do chão e os brinquedinhos.
Ergue-se nos joelhos a pequenina mulher, engatinhou em espaços de experiência.
Sinalizou para todos aquilo que desejara.
Amou puramente .
Andou com passos mais seguros, encaminhou os olhos, agora firmes, à aurora dos seus dias. 
Amou puramente.
Falou palavras certas, estava agora sobre suas próprias pernas, 
olhava, então, o horizonte belo e hipnotizante.
Amava puramente.
Hoje, mulher, tem cabelos longos, sorrisos espontâneos e constantes.
Olhos misteriosos, mas amistosos, belos e negros.
É firme em seus passos, agora, adultos. 
Tem a voz aveludada e calma e madura.
Uma mulher se tornou, conheceu novos dias, enxergou as auroras, mergulhou em primaveras.
Ama puramente.

02/10/12

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