Veio aos poucos como quem não queria nada, olhar
pequeno, parecia indefesa.
Tocou a todos com mãos infantis, deitou-se e pareceu
não ver nada além do chão e os brinquedinhos.
Ergue-se nos joelhos a pequenina mulher, engatinhou em
espaços de experiência.
Sinalizou para todos aquilo que desejara.
Amou puramente .
Andou com passos mais seguros, encaminhou os olhos,
agora firmes, à aurora dos seus dias.
Amou puramente.
Falou palavras certas, estava agora sobre suas
próprias pernas,
olhava, então, o horizonte belo e hipnotizante.
Amava puramente.
Hoje, mulher, tem cabelos longos, sorrisos espontâneos
e constantes.
Olhos misteriosos, mas amistosos, belos e negros.
É firme em seus passos, agora, adultos.
Tem a voz
aveludada e calma e madura.
Uma mulher se tornou, conheceu novos dias, enxergou as
auroras, mergulhou em primaveras.
Ama puramente.
02/10/12
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