domingo, 5 de junho de 2011

Lágrimas

Em meio à noite chuvosa que se inicia,
vem lembranças que são tão estrondosas 
quanto os trovões que ressoam lá fora.
As lágrimas caem... Elas vem pra diluir
as correntes que me prendem no que rege 
a minha imaginação.
Lembranças doídas, 
coisas que nem sei se realmente aconteceram,
ou se tem origem no acervo de saudades do que nunca houve realmente.
Deixo que elas caiam...
Às vezes penso que tem formas: rostos, letras, cartas.
Que tem o cheiro próprio da mão que escreveu o bilhete,
a mesma mão que há muito não escreve as delicadas palavras antes recebidas.
Lágrimas que levam lembranças, dores e trazem,
momentaneamente, a sensação de que estou livre do que me sufoca.
Lembranças encobertas, lembranças vividas, 
lembranças eternamente efêmeras...
                                                                                                      
                                                                                                             01/02/11

Um comentário:

  1. LAGRIMAS DOEM PRA VALER, MAS SEMPRE AH DE PREVALECER TODA VONTADE DO SENHOR PRESENTE EM MINHA VIDA. SEU POEMA É BRILHANTE, AMEI

    ResponderExcluir