sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O equilibrista



Meu silêncio grita,
meu olhar entrega,
mas ninguém percebe,
Mas porque não percebem?
Os olhos estão perdidos na escuridão do mundo
sem caminho,
sem rosto,
sem sombra,
sem luz de vida,
sem destino certo,
sem norte correto,
sem exemplos de sonhos
sem contos e encontros.
Sobra-me o olhar à procura do bom
que há no mundo..
no pássaro que passa,
na flor que desabrocha,
na gota de orvalho que cai na grama verde
onde o jardim se faz por cima.
Fico com o pequeno..
com o olhar da criança.
com o sorriso da namorada,
com o poste sem luz e
a lua radiante,
com o jogo das palavras,
com o toque das mãos,
com a arte do palhaço abandonado
no circo entre malabares e leões...
Entre cordas...
Equilibra-se no fio tênue
que os desejos produzem..
Fio tênue do sonho que a infância presenteou.

13/01/12

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