sábado, 7 de abril de 2012



E quando o discurso verbal parece desnecessário,
as palavras discorrem no papel carregadas de essência e de voz.
Elas gritam o silêncio que contenho no sim e no não de todo dia,
nas conformidades que só existem externamente,
nos espelhos quebrados que eu deixo no meio do caminho...
Distorcidas palavras timbradas no fundo branco do papel amassado
e largado no canto da parede da sala abandonada,
pisado e esquecido por aqueles que passam
com pés apressados e despercebidos
que os vidros e papéis que pisam são essências destruídas,
de si e de outrem,
essências deformadas,
desemedadas,
quebradas
 nos espelhos que caem. 

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